segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

"Bullying"

O conceito
O termo bullying (inglês) não tem tradução directa em português. É sinónimo de violência mas com características muito particulares. Estuda-se no âmbito do recreio da escola, embora possa ser considerado mais abrangente (inclusivé no domínio profissional-mobbing).
A violência que se esconde atrás do termo bullying consiste em usar o poder contra os colegas de escola mais fragilizados, com acções que vão da simples atribuição de um apelido : “quatro olhos”, “copinho de leite”, ao escarnecer, gozar, humilhar, discriminar, excluir, intimidar, perseguir, amedrontar, até à agressão física explicita.
O bullying assume, assim, todos os comportamentos agressivos, intencionais e repetidos eventualmente sem razão aparente, dirigidos por um ou vários estudantes a outros, provocando nestes situações traumatizantes de angústia e normalmente mantidos em segredo.
Os seus autores situam-se entre 6 e os 18 anos de idade (durante o período de escolaridade obrigatória).

Os “actores”
Num processo de bullying é possível identificar três tipos de intervenientes: o agressor, a vítima e a testemunha. Designa-se agressor o indivíduo que pratica qualquer acto de bullying; são vítimas os alunos que sofrem qualquer acto de bullying, designando-se de testemunhas os individuos que não praticando nem sofrendo qualquer tipo de agressão, convivem com o ambiente onde estas decorrem.
Estudos mais profundos já distinguem outros níveis de papéis sociais relacionados com o fenómeno: mantém-se a desginação da “vitima típica”, bode expiatório, por excelência, do bullying; “vítima provocadora” o elemento que provoca determinadas reacções e depois não consegue lidar com as consequências produzidas; “ vítima agressora” que, uma vez vítima de qualquer acto de bullying passa a reproduzi-lo, por vezes com maior violência; o “agressor”, sempre direccionado a produzir mais uma vítima entre os mais fracos e finalmente “a testemunha” ou o “espectador” que não praticando nem sofrendo qualquer acto de bullying acaba por sofrer de forma indirecta os efeitos decorrentes da exposição a estes ambientes.

A história
A sistematização deste problema deve-se ao Professor norueguês Dan Olweus que, desde 1978 vinha estudando o bullying e apresentou os primeiros resultados em 1989. A sistematização decorreu da aplicação de um questionário com 25 questões de resposta múltipla, meio de ultrapassar as dificuldades decorrentes da observação directa. Criado por Olweus e agora utilizado por diversos investigadores em todo o mundo é conhecido por “questionário de Olweus”.

A situação actual
Na década de 90, em função da violência crescente nos recreios da escola e da incidência de suícidios em idades cada vez mais jovens, desenvolveu-se, um pouco por toda a Europa, um número considerável de pesquisas seguidas de campanhas tendentes a reduzir o nível de violência, ou pelo menos o número de incidência de acções de bullying.
Utilizando o modelo de Dan Olweus, o programa assentou em desenvolver regras claras contra o bullying nas escolas, alcançar o envolvimento activo de professores e consciencializar os pais para a natureza deste problema e torná-los mais atentos aos comportamentos dos filhos em casa – como meio de diagnóstico essencial.

Em 2000, os dados disponíveis são já o resultado da campanha ESCOLA SEGURA, e os valores apresentados distinguem entre situações de bullying e violência no interior da escola, respectivamente 179 e 336 casos. Uma vez que as entradas e a metodologia foram alterados não é possível fazer comparações quanto ao êxito desta ou de outras campanhas levadas a cabo em Portugal, de acordo com o “Portugal Report” em www.gold.ac.uk.

Usar o telemóvel em segurança

Os telemóveis emitem radiações que, embora baixas, estão muito perto do corpo. Assim, se usar o telemóvel com muita frequência opte por usar auriculares ou sistema de mãos livres, de forma a manter o telemóvel afastado da cabeça e do corpo enquanto fala.

O telemóvel e as crianças
Como as crianças têm uma massa cranial mais leve do que os adultos são mais sensíveis às radiações. Crianças com idade inferior a oito anos não devem utilizar o telemóvel. Os menores com idades entre os oito e os catorze anos devem fazer um uso bastante restrito, aconselhando-se sistemas de mãos livres ou o uso de mensagens de texto de forma a evitar que os telemóveis fiquem muito perto da cabeça.

O telemóvel emite mais radiações:
Quando existe pouca “rede” – evite telefonar nessas situações;
Quando se marca um número e se faz uma ligação, enquanto esta se estabelece – deve aguardar uns segundos antes de aproximar o telemóvel do ouvido.

Proteja-se:
Não transporte o telemóvel nos bolsos da camisa ou calças (próximo do coração ou virilhas);
Durante a noite ou quando não estiver à espera de chamadas, mantenha o telemóvel desligado. Apesar de em menor quantidade, mesmo sem falar o telemóvel emite radiações quando está ligado.

Segurança, higiene e saúde no trabalho para os mais pequenos

A aplicação Educar para a Segurança”está disponível em www.educarparaseguranca.com.

Destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos e tem como principais objectivos a preparação das crianças para a futura vida activa, sensibilizando-os para os riscos laborais e sua prevenção, incentivando-os para a prática de comportamentos seguros.